sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Primavera dos Livros

 
 
A Primavera dos Livros é a principal vitrine para a exposição da produção das editoras independentes da América Latina. Idealizada pelas próprias editoras, a primeira edição da Primavera dos Livros ocorreu em 2001, no Rio de Janeiro.

O sucesso do evento e a importância desse mercado deram origem, em 2002, à Liga Brasileira de Editoras
(LIBRE), rede independente que trabalha cooperativamente em busca de reflexão e da ação para a ampliação do público leitor, do fortalecimento das empresas editoriais independentes, e da criação de políticas públicas em favor do livro e da leitura. Desde então, a LIBRE, que atualmente reúne mais de 100 editoras de vários pontos do Brasil, promove e realiza o evento, anualmente, no eixo Rio-São Paulo. 


 No Rio, começou ontem a 12ª. edição, que celebra o Rio de Janeiro como patrimônio e plataforma cultural do país. A feira literária apresenta a produção de 100 editoras com mais 10 mil títulos com descontos de até 50%.

 jardins do Museu do Catete, onde ocorre a Feira

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"o livro está mais vivo do que nunca" (Robert Darnton)


«Aos 73 anos, o escritor, historiador e presidente da biblioteca de Harvard, Robert Darnton, se vê com um novo desafio nas mãos: criar uma gigantesca biblioteca digital no Estados Unidos aberta para todo o mundo.

Na era em que a tecnologia não é mais uma novidade, mas uma facilitação do cotidiano de pessoas de todo o mundo, o livro passa a ter um novo formato; o digital. Nos últimos anos muitos rumores a respeito da extinção do impresso surgem, mas Darnton afirma com precisão que o livro está mais vivo do que nunca. “Os números de publicações estão crescendo”, afirma o pesquisador. “Eu leio livros impressos, prefiro esse tipo. Mas acredito nos livros digitais. O livro não está morto. As pessoas adoram o livro impresso, mas isso não exclui o digital”.

O historiador, que dirige a maior biblioteca universitária do mundo, não recusa o fato de que a tecnologia facilita a vida das pessoas, democratizando também a informação. Mas ele alerta que tudo o que envolve tecnologia conta com empresas que visam lucros: “As grandes empresas poderiam monopolizar por quererem ganhar mais dinheiro”.

O Google, na opinião de Darnton, mostrou a possibilidade dos arquivos digitais para as universidades. E o historiador agora tenta, com ajuda financeiras de fundações privadas, criar a maior biblioteca digital do mundo. “Nós temos a internet e podemos acontecer, e faremos”.

Um dos problemas que Darnton tem enfrentado em sua caminhada ruma ao digital é a monopolização de editoras especializadas. “As editoras controlam o mercado de livros digitais e ganham muito dinheiro com isso”. Elas descobriram o potencial de publicações cientificas e cobram caro por elas. Outra questão que tem sido um problema é o direito autoral. “Maior do que o dinheiro e do que a tecnologia”, segundo Darnton.
Hoje, a biblioteca de Harvard conta com 17 milhões de volumes em 350 línguas. A intenção do presidente é fazer o mesmo com a versão digitalizada, tornando o acesso à informação algo mais acessível a qualquer pessoa. Para esse projeto, Darnton diz que conta com 100 milhões de dólares. “Podemos fazer isso graças às fundações. Elas foram criadas por empresas que ganham muito dinheiro, mas possuem total autonomia”.
Apresentado pelo jornalista Mario Sergio Conti, o Roda Viva contou com os entrevistadores: Beatriz Kushnir (doutora em História pela Unicamp e diretora do arquivo geral da cidade do Rio de Janeiro); Paulo Werneck (editor do caderno Ilustríssima, do jornal Folha de S. Paulo), Lilia Schwarcz (historiadora e antropóloga, professora titular de Antropologia da USP); e Cassiano Elek Machado (jornalista e editor).»

Fonte desta página publicada: TV CULTURA

domingo, 16 de setembro de 2012

Ciclo de Conferências LER

20 de setembro: Eduardo Lourenço
18 de outubro: Nuno Portas
16 de Novembro: Alexandre Quintanilha

No CCB - entrada gratuita
Mais informações em: Blog da revista LER

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

o Kaváfis de Haroldo de Campos

A Cosac Naify lança uma antologia de poemas do poeta Konstantinos Kaváfis (1863-1933), em tradução inédita de Haroldo de Campos (1929-2003)a partir do original grego. Edição bilíngue, o livro é enriquecido com textos do tradutor e do organizador do volume, Trajano Vieira, e com um poema kavafiano, também inédito, de Campos:

O deus abandona Antônio

Quando, pela meia-noite, de improviso ouvires
passar, invisível, um tíasos
com música soberba e cânticos,
a sorte que afinal te abandona, tuas obras
falidas, teus planos de vida
– tudo ilusório – com nênias vãs não lastimes.
Como um bravo que, há muito, já se preparava,
saúda essa Alexandria que te está fugindo.
Não, não te deixes burlar, dizendo: “foi sonho”,
ou: “meus ouvidos me enganaram”;
desdenha essa esperança vã.
Como um bravo que, há muito, já se preparava,
como convém a quem é digno desta pólis,
aproxima-te – não hesites – da janela
e escuta comovido, porém
sem pranto ou prece pusilânime,
como quem frui de um último prazer, os sons,
os soberbos acordes do místico tíasos:
e saúda Alexandria, enquanto a estás perdendo.












Kaváfis


 H. Campos

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