segunda-feira, 9 de maio de 2011

Visão nocturna da Feira



O espaço da 81ª Feira do Livro de Lisboa está mais interessante e agradável que nos anos anteriores. Vi tendas com autores a falarem para uma plateia até significativa, o que me lembrou a FLIP, a feira literária de Paraty. Também ouvi jazz ao vivo. E comi farturas. Muito movimento - não sei se muitas compras. Desta vez nada me apaixonou, mas comprei: Franny e Zooey, de J. D. Salinger, em edição da Relógio d'Água, e Uma Ideia da Índia, do Alberto Moravia, numa linda edição em capa dura da Tinta da China. Em geral bons preços. Talvez ainda volte outro dia. Termina a 15 de Maio, Domingo.

Coisas esquecidas no meio dos livros - 1


A Biblioteca Municipal de Vila Real organizou, no ano passado, uma exposição sobre "coisas esquecidas no meio dos livros" - marcadores, anotações avulsas, flores secas, poemas anónimos, cartas, bilhetes de namorados, postais ilustrados que durante meio século foram sendo deixados "no meio dos livros" que foram requisitados das suas estantes.
Para isso, serviam também os livros: um bilhete, no meio de um dicionário de Latim, a marcar um encontro junto do muro do liceu; um queixume enternecido e magoado esquecido entre as páginas de uma monografia sobre cerâmica regional. Um bilhete de cinema a fazer de marcador.
O que vem dentro dos livros, às vezes, não é o que vem dentro dos livros. É exactamente o que se perdeu lá dentro.

(tirado da coluna de Francisco José Viegas, 'Diário de Ocasião' - revista LER de Abril 2011)

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