O "Gauchão de Literatura" (Campeonato Gaúcho de Literatura), inspirado no esquema futebolístico, promove partidas entre livros de escritores gaúchos ou radicados no Rio Grande do Sul. O objectivo é promover o debate sobre a produção local e estimular a leitura e o consumo da literatura do RGS.
O "juiz" convocado tem a responsabilidade de ler os dois livros, elaborar uma resenha crítica e realizar a avaliação final do "jogo", incluindo um "placar".
Uma pequena amostra:
"Atalhos [cenas brasileiras], de Luís Dill e Um guarda-sol na noite, de Luiz Filipe Varella. Atalhos versus Guarda-sol. Os times se alinham à beira do gramado para o hino rio-grandense (Como a aurora precursora do farol da divindade…). Todos alinhados, a diferença entre uniformes causa constrangimentos à tribuna de honra. O minimalismo elegante da equipe Guarda-sol em intenso contraste com o tradicionalismo utilitarista da equipe Atalhos. Vitórias são conquistadas nos noventa minutos, ainda bem, não na apresentação dos times. Embora, o cronista deve confessar, a questão estética não seja descartável: a leitura do jogo teria sido melhor se todos os lances da equipe Atalhos fossem vistos sobre páginas de papel pólen bold, que ajudam muito a leitura noturna à luz de refletores.
(...)
O esquema de jogo da equipe Guarda-sol segue poucas variações formais: contos, microcontos e os inevitáveis, e improfícuos, exercícios de linguagem. São narrativas cheias de personagens mergulhados na própria introspecção, distantes do mundo, às vezes frios. Alguns carregam consigo uma semente que, se bem regada, poderia crescer numa formidável psicopatia à Edgar Allan Poe – este, uma grande influência sobre o técnico Varella.
As 23 narrativas em Um guarda-sol na noite são literárias. É estranho e óbvio este comentário? Bem, dizer isso das 23 narrativas da equipe Guarda-sol não é tão estranho assim, porque, em comparação, o esquema de jogo da equipe Atalhos não segue a mesma uniformidade."
Para saber mais, vá ao link: http://gauchaodeliteratura.wordpress.com/