terça-feira, 20 de novembro de 2012

acasos e encontros

Adicionei hoje, à lista de blogues de interesse, o Monte de Leituras, de Alfredo Monte, professor-doutor em literatura pela USP, leitor voraz e crítico atento. E quem me fez encontrá-lo nesse espaço quase "infinito" da internet foi Marguerite Yourcenar – tentava eu um modo de baixar algum dos seus livros, diante da dificuldade de encontrar uma edição portuguesa recente. (Tenho ainda de procurar nos alfarrabistas.)

Ultrapassada pelo tempo e pelas inúmeras oportunidades de ler Memórias de Adriano ou A Obra ao Negro ou outro dos seus belos textos, deixei passar a chance de entrar em contato com a sua narrativa poderosa. Mas não completamente. O acaso tem tido um papel essencial nesses meus encontros tardios, como é o caso também de Thomas Mann...
O acaso é sábio.

Mas como cheguei até Yourcenar? Se por um lado não me interessam lá muito as biografias, por outro não resisto a pelo menos folhear as páginas de uma entrevista bem feita, em que o entrevistado – e em particular quando se trata de um escritor – tenha o espaço necessário para falar da sua criação, de todo o seu processo, das suas escolhas, dos porquês... Tenho um pouco esse espírito de investigação (ou será de coscuvilhice...?). E foi assim que comprei e estou a ler De Olhos Abertosconversas com Matthieu Galey.
Muitas vezes encontro esse modo de entrar no universo de um autor, de ser apresentada à sua obra: vou "rodeando" até chegar lá. Mas muitas vezes isso acontece por mero acaso, ou por mãos de outro autor que me conduz até ele, como foi o caso de Robert Dessaix que me apresentou  Turguénev... (mas esta é outra conversa).



Já não me lembro o que me levou a comprar De Olhos Abertos, mas algo aconteceu e me despertou. E como se não bastasse ser apresentada a Adriano e a Zenão – e às suas respectivas vidas –  pelos comentários da própria autora (pois agora, seduzida, ando à procura dos seus títulos), deu-se novo encontro: Thomas Mann. Yourcenar dedicou um capítulo do seu A Benefício de Inventário a Thomas Mann, que ela comenta na entrevista, sem idolatrias. Acontece que também estou a ler A Montanha Mágica, e tudo como que se completa, e se compõe no sentido mais acertado, e desejado (sem que eu soubesse).

Voltando ao blogue de Alfredo Monte, fui lá parar quando buscava os livros de Yourcenar; e lá encontrei, classificado como "o meu autor favorito", Thomas Mann, cujos livros são fartamente comentados.
Como se não bastasse, os posts estão recheados de fotos das capas de diversas edições.



A quem tiver lido até ao fim esta minha experiência de leitora, recomendo não só os livros citados (caso já não os tenha lido), como também uma espiadela no blogue Monte de Leituras.

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