Estar longe de casa certamente tem a ver com esse desejo de estabelecer pontes onde, antes, pouco ou nada eu via.
Talvez por tais caminhos é que tenha vindo ao meu encontro, pelas mãos de uma amiga, este Journal of a Voyage to Brazil, escrito por Maria Graham.
"Rio de Janeiro, sábado, 15 de dezembro de 1821. - Nada do que vi até agora é comparável, em beleza, à baía. Nápoles, o Firth of Forth, o porto de Bombaim e Trincomalee, cada um dos quais julgava perfeito em seu gênero de beleza, todos lhe devem render preito, porque esta baía excede cada uma das outras em seus vários aspectos. Altas montanhas, rochedos como colunas superpostas, florestas luxuriantes, ilhas de flores brilhantes, margens de verdura, tudo misturado com construções brancas, cada pequena eminência coroada com sua igreja ou fortaleza, navios ancorados, ou em movimento, (...) em um tão delicioso clima, tudo isso se reúne para tornar o Rio de Janeiro a cena mais encantadora que a imaginação pode conceber. 19 de dezembro. - Passeei a cavalo, ao lado de Langford, por um dos pequenos vales ao pé do Corcovado. É chamado Laranjeiros [Laranjeiras], por causa das numerosas árvores de laranjas que crescem dos dois lados do pequeno rio que o embeleza e fertiliza. Logo à entrada do vale, uma pequena planície verde espraia-se para ambos os lados, através da qual corre o riacho sobre seu leito de pedras, oferecendo um lugar tentador para grupos de lavadeiras (...)."
Maria Graham (Inglaterra, 1785-1842) é responsável por um dos mais fidedignos e atentos depoimentos sobre o Brasil da década de 20 do século XIX. No Rio de Janeiro, testemunha os acontecimentos do chamado Dia do Fico e visita os arredores da cidade, desenhando e fazendo inúmeras anotações. Conquista então a amizade da Imperatriz D. Leopoldina, que a escolhe como preceptora da princesa D. Maria da Glória. Ficou no Brasil até 1826, quando volta definitivamente à Inglaterra.
Talvez por tais caminhos é que tenha vindo ao meu encontro, pelas mãos de uma amiga, este Journal of a Voyage to Brazil, escrito por Maria Graham.
"Rio de Janeiro, sábado, 15 de dezembro de 1821. - Nada do que vi até agora é comparável, em beleza, à baía. Nápoles, o Firth of Forth, o porto de Bombaim e Trincomalee, cada um dos quais julgava perfeito em seu gênero de beleza, todos lhe devem render preito, porque esta baía excede cada uma das outras em seus vários aspectos. Altas montanhas, rochedos como colunas superpostas, florestas luxuriantes, ilhas de flores brilhantes, margens de verdura, tudo misturado com construções brancas, cada pequena eminência coroada com sua igreja ou fortaleza, navios ancorados, ou em movimento, (...) em um tão delicioso clima, tudo isso se reúne para tornar o Rio de Janeiro a cena mais encantadora que a imaginação pode conceber. 19 de dezembro. - Passeei a cavalo, ao lado de Langford, por um dos pequenos vales ao pé do Corcovado. É chamado Laranjeiros [Laranjeiras], por causa das numerosas árvores de laranjas que crescem dos dois lados do pequeno rio que o embeleza e fertiliza. Logo à entrada do vale, uma pequena planície verde espraia-se para ambos os lados, através da qual corre o riacho sobre seu leito de pedras, oferecendo um lugar tentador para grupos de lavadeiras (...)."
Maria Graham (Inglaterra, 1785-1842) é responsável por um dos mais fidedignos e atentos depoimentos sobre o Brasil da década de 20 do século XIX. No Rio de Janeiro, testemunha os acontecimentos do chamado Dia do Fico e visita os arredores da cidade, desenhando e fazendo inúmeras anotações. Conquista então a amizade da Imperatriz D. Leopoldina, que a escolhe como preceptora da princesa D. Maria da Glória. Ficou no Brasil até 1826, quando volta definitivamente à Inglaterra.
Maria Graham
424 pp
Coleção Reconquista do Brasil, volume 157
Editora Itatiaia Ltda
Belo Horizonte, 1990