«É corrente a crença de que os sentidos antigos das palavras são mais
verdadeiros do que os atuais. É um caso específico do mito da língua
perfeita, que teria existido em algum momento, em algum lugar. A crença
explica o sucesso de livrinhos sobre a origem das palavras.
Ora, nunca se poderá descobrir o pretenso sentido original. Não se
pode ir ao início dos tempos. Sempre há o limite dos documentos. A
pesquisa deve se deter em um momento dado da história, que não é seu
início. Além disso, em geral, descobre-se que então os sentidos já eram
muitos...
Apesar de tudo, a crença permanece. Um de seus efeitos menos
inteligentes é certa mania recente de ‘corrigir’ as interpretações
correntes, atuais, populares. A tendência ataca indistintamente
expressões idiomáticas, textos populares e provérbios, entre outros.(...)»
Muito bom artigo, que vale a pena ler completo AQUI