sábado, 28 de abril de 2012

Congresso de Literatura no Sertão


O CLISERTÃO – CONGRESSO INTERNACIONAL DO LIVRO, LEITURA E LITERATURA NO SERTÃO, tem lugar em uma das mais belas paisagens do Brasil: o Sertão do São Francisco, banhado pelo rio homônimo, que cruza quatro estados e deságua no Oceano Atlântico. (...)

A imagem que se apresenta do Sertão do São Francisco contrasta com o imaginário popular sobre Sertão e a literatura do século XX ajudou a fixar as tintas ocres desse quadro. Discutir a literatura enquanto marca identitária de um povo e resultado de sua cultura é um dos desafios lançados pelo CLISERTÃO, realizado pelo Governo do Estado de Pernambuco, em uma parceria entre a Secretaria de Cultura e a Secretaria de Ciência e Tecnologia, através da Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco e Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina, com o apoio da Prefeitura de Petrolina.

Diferentemente de outros eventos literários, o CLISERTÃO estabelecerá uma relação afetiva, multicultural e de intercâmbio entre os convidados nacionais, internacionais e locais como parte das ações, indo além das apresentações literárias ou das palestras, penetrando no Brasil profundo, no Brasil dos Sertões, através de intervenções descentralizadas em espaços urbanos, comunidades rurais e tradicionais da região, além das discussões acadêmicas em torno do livro, leitura e literatura, coordenadas pela Universidade de Pernambuco.

Ao mesmo tempo, a partir do CLISERTÃO, a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco fomenta a criação de uma Rede do Livro, Leitura e Literatura na Região, envolvendo os três eixos do setor nas discussões em torno da produção e de políticas públicas para o livro.

As atividades do CLISERTÃO se desenvolverão nos eixos Livro, Leitura e Literatura em diversos espaços da cidade de Petrolina.


Link: CLISERTÃO

a literatura brasileira hoje por José Castello

 Numa entrevista ao Caderno Ípsilon do Público de 27/4/12, por Isabel Coutinho, fala José Castello, crítico e escritor brasileiro, Prémio Jabuti com Ribamar:

Público: «Ribamar desconstrói a ideia feita da ficção brasileira como "urbana, tropical, violenta e trepidante". Incomoda-o essa visão redutora?»

JC: «Sim, incomoda-me muito a ideia que se costuma ter, mesmo aqui no Brasil, a respeito da literatura brasileira. A literatura brasileira que me interessa é a que se desvia dessa "receita tropical". Escritores como João Gilberto Noll, Raduan Nassar, Michel Laub, Bernardo Carvalho, Cristovão Tezza, Eliane Brum, Raimundo Carrero. Autores que escrevem não para compor uma imagem imaginária de nação mas, ao contrário, para despedaçá-la e afundar-se nas suas entranhas.
Quanto aos poetas, temos dois poetas vivos geniais, que honrariam qualquer literatura: Manoel de Barros e Adélia Prado. O Brasil do século XXI é um país complexo, e é rico porque é complexo e cheio de paradoxos. Assim também é sua literatura.»

Blogue de José Castello no jornal O Globo A Literatura na Poltrona
 
                                                   
                                                        

Nas fotos, os rostos de: Clarice Lispector, Bernardo Carvalho, Manoel de Barros, Eliane Brum, Cristovão Tezza e Raimundo Carrero.

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