sábado, 28 de abril de 2012

a literatura brasileira hoje por José Castello

 Numa entrevista ao Caderno Ípsilon do Público de 27/4/12, por Isabel Coutinho, fala José Castello, crítico e escritor brasileiro, Prémio Jabuti com Ribamar:

Público: «Ribamar desconstrói a ideia feita da ficção brasileira como "urbana, tropical, violenta e trepidante". Incomoda-o essa visão redutora?»

JC: «Sim, incomoda-me muito a ideia que se costuma ter, mesmo aqui no Brasil, a respeito da literatura brasileira. A literatura brasileira que me interessa é a que se desvia dessa "receita tropical". Escritores como João Gilberto Noll, Raduan Nassar, Michel Laub, Bernardo Carvalho, Cristovão Tezza, Eliane Brum, Raimundo Carrero. Autores que escrevem não para compor uma imagem imaginária de nação mas, ao contrário, para despedaçá-la e afundar-se nas suas entranhas.
Quanto aos poetas, temos dois poetas vivos geniais, que honrariam qualquer literatura: Manoel de Barros e Adélia Prado. O Brasil do século XXI é um país complexo, e é rico porque é complexo e cheio de paradoxos. Assim também é sua literatura.»

Blogue de José Castello no jornal O Globo A Literatura na Poltrona
 
                                                   
                                                        

Nas fotos, os rostos de: Clarice Lispector, Bernardo Carvalho, Manoel de Barros, Eliane Brum, Cristovão Tezza e Raimundo Carrero.

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