quinta-feira, 1 de julho de 2010

Jerusalém, de Gonçalo Tavares

Não entrei logo no livro. Foram necessárias as primeiras vinte páginas para eu não conseguir mais largar Jerusalém; a partir daí me deixei levar até à última linha quase sem pausas.



(...) "trabalhava parte do dia numa clínica do Estado e à tarde dirigia-se à biblioteca central para recolher documentação para o seu estudo que visava entender o horror e a História, e com isso os homens. Ele queria captar o conceito de saúde de uma forma mais vasta: a saúde mental da humanidade, do conjunto dos homens, a saúde mental da cidade enquanto agrupamento organizado e eficaz na restrição da violência. Conhecer a saúde mental da História, era esse o objectivo final do seu projecto de investigação."
(...)
"Se percebesse como a História pensava, se a encarasse como um organismo com cérebro, e se chegasse por via da documentação e da investigação a gráficos e fórmulas que explicassem os acontecimentos dos séculos, Theodor chegaria ao que milhares de homens - pequenos e grandes, violentos ou pacíficos - haviam tentado: dominar a História."

Jerusalém
Gonçalo M. Tavares
7ª edição
Editorial Caminho
Março de 2008
256 pp



Prémio José Saramago
Prémio LER/Millenium-BCP
Prémio Portugal Telecom de Literatura 2007

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