sexta-feira, 30 de abril de 2010

as vending machines


"Livro não é refrigerante" - podem até dizer alguns; mas por que não torná-lo acessível ao máximo, a bom preço e nos locais de grande circulação de público? Foi assim que o grupo LeYa resolveu tomar a iniciativa, com as vending machine: livros a preço único (5 euros) e mesmo à mão dos 'sedentos' de histórias. Está exposta na Feira do Livro de Lisboa, até 16 de Maio. E depois, onde será que as encontraremos?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

o desafio da Circlet Press


"I didn’t get into ebooks and place myself on the cutting edge of new book technology because I thought ebooks were really cool and I wanted to be where the action was. No, I was essentially FORCED to become an expert on ebooks or my company was dead in the water. I founded Circlet Press in 1992, way back before a little thing we refer to now as The Returns Crisis."

Na foto: Cecilia Tan, fundadora e editora da Circlet Press

ver mais em: http://www.circlet.com/?p=1024


segunda-feira, 19 de abril de 2010

um português antigo


Recentemente tive a curiosa - e nova - experiência de rever, para uma reedição, um livro de autor português escrito "à moda antiga" - e com isso quero dizer num português com um ritmo muito próprio, marcado não só por uma pontuação bem presente e por períodos longos, mas também por um certo tipo de vocabulário em que tive a surpresa de encontrar palavras que nunca ouvi no dia a dia aqui em Portugal: escangalhado, por exemplo, entre outras. Em geral ouço aqui as pessoas dizerem 'avariado', e cheguei a pensar que 'escangalhado' era um brasileirismo. Isso só me veio recordar, mais uma vez, que no Brasil falamos um português ainda próximo das suas raízes, facto que a maioria dos portugueses nem imagina...

Mas o mais importante aqui é dizer que às páginas pouco numerosas do livro corresponde um texto exigente na sua forma e admirável em sugestões de leitura. "Constitui uma incursão ficcional no período de consolidação do Estado Novo e da mentalidade que ele representou. Está muito longe de ser um libelo político ou uma obra de tese sobre essa época da vida portuguesa, que corresponde ao princípio da queda do império. É, isso sim, uma narrativa muito bem construída, na qual duas personagens centrais, António e Maria, namoram e casam, vindo entretanto a Lisboa visitar a célebre Exposição do Mundo Português, acontecimento emblemático desse período da História nacional." (José Jorge Letria, in Tempo Livre II, Janeiro de 1993)

Mário Cláudio é autor de uma vasta e multifacetada obra que abarca ficção, crónica, poesia, dramaturgia e o ensaio, tendo sido galardoado com vários prémios entre eles o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio PEN Clube, o Prémio Eça de Queiroz, o Prémio Vergílio Ferreira, o Prémio Fernando Namora e o Prémio Pessoa.


Tocata para dois clarins
136 pp
3.ª edição
Publicações Dom Quixote
Lisboa, 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

por causa do Acordo... ainda!

Desde que li "por aí..." umas pessoas a dizerem mundos e fundos sobre o Acordo Ortográfico, resolvi relançar entre amigos a questão, comentando a dimensão que a coisa alcançou - e com que paixão! E o que pensei que seria uma conversa amena transformou-se em mais um debate acalorado sobre o tema. Enquanto o Acordo não for assimilado, acho que o tema vai ser como futebol em dia de jogo decisivo: é começar a falar e pega fogo logo.
Enfim, depois de muita e muita conversa, que felizmente foi aos poucos amansando, o que ficou foram as dúvidas, ainda tão presentes. Ficámos (ou ficamos?) tanto tempo destacando as diferenças entre "o português de lá" e "o português de cá", que a ficha ainda não caiu: já não há fronteiras??
Brincadeiras à parte, o facto/fato (ambos estão certos em qualquer lado do Atlântico!) é que temos de ler com atenção as novas normas e ficar atentos ao uso da língua no dia a dia (agora, sem hífen); sobretudo nós, revisores, que temos de ser os mais atentos de todos.
Mais que nunca, todo o cuidado é pouco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

sábado, 3 de abril de 2010

lendo e aprendendo...

Hoje, lendo a fala de um personagem Quaker de um livro que estou a rever para uma reedição, encontrei esta expressão "Praza a Deus", que nunca tinha visto nem ouvido. Não encontrei nos dicionários, então fui ao Ciberdúvidas:

Prazer
é um verbo irregular e defectivo. Significa agradar. Usa-se apenas nas 3.ªs pessoas do singular e no gerúndio: praz, prazia, prazeria, prouve, prouvera, prouvesse, prouver, prazendo. Por ser transitivo indirecto, pede a preposição a: «Prouvera a Deus»; ou: «Se a Deus prouver». Ou ainda: «Praza a Deus».

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