sexta-feira, 13 de abril de 2012

Hanna Arendt fala sobre Brecht

Sob o título Homens em tempos sombrios, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, Hanna Arendt escreveu algumas coisas luminosas. Como esse trecho de seu ensaio sobre Brecht:

«O que importa, uma vez mais, é o céu, o céu que lá estava antes que existisse o homem e lá estará depois que ele se for, de modo que a melhor coisa que pode fazer o homem é amar aquilo que por um breve tempo é seu. Se eu fosse crítica literária, continuaria a comentar o papel absolutamente importante desempenhado pelo céu nos poemas de Brecht, em especial em seus poucos e lindíssimos poemas de amor. (...) Certamente neste mundo não existe o amor eterno, nem mesmo uma fidelidade comum. Não há nada além da intensidade do momento, isto é, a paixão, que é até um pouco mais perecível que o próprio homem.»



Através da página de Carlito Azevedo no Facebook. 

Os textos reunidos neste livro são biografias comentadas de homens e mulheres que viveram os «tempos sombrios» da primeira metade do século XX. Mergulhando em mundos internos tão díspares como os de Hermann Broch e João XXIII, Rosa Luxemburgo e Jaspers, Isak Dinesen e Bertold Brecht, Heidegger e Walter Benjamin, Hannah Arendt submete a uma reflexão apaixonada, e por vezes implacável, seus erros e acertos, culpas e vitórias, responsabilidades e irresponsabilidades perante a realidade que enfrentaram.
A beleza destes relatos reside na sólida crença arendtiana na solidariedade e dignidade humanas, valores morais ainda capazes de impedir o triunfo do niilismo e do totalitarismo numa época de experiências catastróficas. Companhia das Letras

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