domingo, 12 de fevereiro de 2012

A última entrevista de João Guimarães Rosa


"Conheci Aquilino (Aquilino Ribeiro), mas acidentalmente. Eu entrei numa livraria, não sei qual, do Chiado (presumo que a Bertrand) e, quando pedi al­guns livros dele, o empregado per­guntou-me se eu queria co­nhecê-lo, pois estava ali mesmo. Respondi que sim, e desse modo obtive dois ou três autógrafos de Aquilino, com quem conversei alguns instantes. Voltei a estar com ele, mais tarde, num jantar que lhe foi oferecido enquanto de sua vinda ao Brasil. Mas ele, naturalmente, não se recordava de mim (porque eu não me apresentara como escritor), e eu também não lhe falei do assunto."

Guimarães Rosa surpreendeu seus leitores ao confessar pelas colunas do jornal O Estado de Minas (edição de 26 de novembro de 1967) que as histórias de seus livros lhe chegavam por via supranormal. E mais: que era dado a outros fenômenos, tais como o sonho premonitório e a telepatia. Mas deixemos que ele próprio relate: "Tenho que segredar que - embora por formação ou índole oponha escrúpulo crítico a fenômenos paranormais e em princípio rechace a experimentação metapsíquica - minha vida sempre e cedo se teceu de sutil gênero de fatos. Sonhos premonitórios, telepatia, intuições, séries encadeadas fortuitas, toda a sorte de avisos e pressentimentos. Dada às vezes, a chance de topar, sem busca, pessoas, coisas e informações urgentemente necessárias...”

Entrevista completa: http://www.advivo.com.br/node/749139

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