(notícia publicada no Público de 25/1/2011)
" 'A FLIP vai inspirar outros festivais', disse uma vez Liz Calder, presidente da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), no Brasil. Gonçalo Bulhosa pegou na deixa e criou a Festa Literária Internacional de Sintra (FLIS) que vai acontecer a 11, 12 e 13 de Novembro naquela vila do distrito de Lisboa. O director desta primeira edição é o editor Manuel Alberto Valente e o Centro Cultural Olga Cadaval, o local onde se realiza o evento.
(...)
A primeira FLIS terá cerca de 30 escritores convidados, que debaterão diversos temas (literatura, "prosa marginal", humor, sociologia, escrita jornalística, etc.). Tal como na brasileira FLIP, os debates serão moderados por personalidades convidadas e o público - que paga bilhete para assistir - participa através de perguntas escritas, dirigidas à mesa. No final, os escritores realizam sessões de autógrafos e naquele espaço funcionará a Livraria Oficial da FLIS, cafés literários e uma loja de merchandising. "O espírito é tornar o Centro Cultural Olga Cadaval um espaço aberto, muito dinâmico, com acontecimentos durante os intervalos entre palestras. O espírito de festa é o mesmo da FLIP, mas tudo o resto será diferente, pois Sintra, no Inverno, não é comparável ao calor das ruas de Paraty." João Tordo, Pedro Paixão e Joana Amaral Dias são os primeiros portugueses confirmados. Escritores internacionais estão a ser convidados."
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Reencontrar CLARICE
Comprei enfim Clarice, de Benjamin Moser. Recordo o efeito em mim dos livros de Clarice. Recordo aquela sensação de deslumbramento - ninguém nunca havia dialogado assim comigo.
Há inúmeras passagens do livro que gostaria de compartilhar, mas se as trouxesse todas...
Deixo somente este pequeno trecho, como forma de convite a quem ainda não leu:
"O Egito não a impressionou, conforme escreveu ao amigo Fernando Sabino:
Vi as pirâmides, a esfinge - um maometano leu minha sorte nas "areias do deserto" e disse que eu tinha coração puro... Falar em esfinge, em pirâmides, em piastras, tudo isso é de um mau gosto horrível. É quase uma falta de pudor viver no Cairo. O problema é sentir alguma coisa que não esteja prevista num guia.
Clarice nunca voltou ao Egito. Mas, muitos anos depois, relembrou sua breve excursão turística, quando, nas "areias do deserto", encarou desafiadoramente ninguém menos que a própria Esfinge.
Não a decifrei, escreveu a orgulhosa e bela Clarice. Mas ela também não me decifrou."
(da Indrodução, p. 12)
Clarice,
Benjamin Moser
648 páginas
Editora Cosac Naify
São Paulo, 2010
Obras de Clarice Lispector:
romances
Perto do coração selvagem (1944)
O Lustre (1946)
A cidade sitiada (1949)
A maçã no escuro (1961)
A paixão segundo G.H. (1964)
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres (1969)
A hora da estrela (1977)
contos
Alguns Contos (1952)
Laços de família (1960)
A Legião Estrangeira (1964)
Felicidade clandestina (1971)
A imitação da rosa (1973)
A via-crucis do corpo (1974)
Onde estivestes de noite (1974)
A bela e a fera (1979 )
crônicas
Visão do esplendor (1975)
Para não esquecer (1978 )
Um sopro de vida (1978 )
A descoberta do mundo (1984)
ficção
Água viva (1973)
entrevista
De corpo inteiro (1975)
livros infantis
O mistério do coelhinho pensante (1967)
A mulher que matou os peixes (1969)
A vida íntima de Laura (1974)
Quase de verdade (1978)
Como nasceram as estrelas (1984)
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