«Gonçalo M. Tavares faz parte daquele reduzidíssimo grupo de escritores
que alia uma magnífica prosa a uma estonteante produção de escrita. A
publicação em simultâneo de dois livros do autor não constitui, por
isso, novidade. O que surpreende é a sempre renovada capacidade de,
através da sua escrita, interpelar os leitores.
Short Movies e
Canções
Mexicanas, os seus dois mais recentes livros, são disso prova.(...)
Short Movies e
Canções Mexicanas são antes de mais uma tomada de
consciência do prazer do contador de histórias, que em traços sóbrios e
contidos (textos há que não ultrapassam a dezena de linhas) nos revelam
um mundo marcado pela violência gratuita, por ameaças brutais, por
atitudes e acontecimentos absurdos. Cada história capta fragmentos de um
quotidiano, suficientemente costumeiro para o reconhecermos como nosso,
mas que se distancia quando mediado pela cáustica voz e irónico olhar
do contador.»
CANÇÕES MEXICANAS
Relógio D'Água, 96 pp.
SHORT MOVIES
Caminho, 160 pp.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/goncalo-m-tavares-uma-realidade-perturbante=f656836#ixzz1s2JmArLD
Caderno Ípsilon de 27/4/2012. Palavras de Jose Castello, crítico literário brasileiro, Prémio Jabuti com
Ribamar, sobre Gonçalo Tavares:
«... não tenho dúvidas de que o grande nome da literatura portuguesa
hoje é Gonçalo M. Tavares. É um autor muito acima da média, com uma obra
radicalmente pessoal, que não se confunde com a de mais ninguém. É,
além disso, um homem muito corajoso, pois segue o seu caminho com
serenidade, mas sem arrastar os pés de seu destino. Tem uma obra
absolutamente singular, que não cessa de me pregar sustos e de me levar a
pensar.»