Digo "minha" porque na década de 90 trabalhei numa editora que ficava nos andares superiores do mesmo prédio. Íamos com frequência à "Travessa", que então era também um pouco a nossa biblioteca para consultas diversas, além da livraria que nos deliciava com os últimos lançamentos nacionais e estrangeiros. Era uma livraria diferente das outras, com uma cara nova, pequena mas muito acolhedora, e com gente preparada para atender os clientes mais exigentes. Era o nosso "oásis" numa cidade turbulenta e caótica.
Criou-se então uma relação sentimental com a Travessa, e com esta em particular, a primeira de todas, na Travessa do Ouvidor nº 17. Fica no centro do Rio de Janeiro.
Hoje estive lá de novo.
sexta-feira, 12 de março de 2010
voltas que o mundo dá
Há cerca de doze anos, e por caminhos que a sorte e o acaso às vezes nos reservam, conheci em Lisboa uma editora com quem estive a conversar talvez durante uns trinta minutos. Era véspera da minha viagem de volta ao Brasil e ela, gentilmente, me cedeu aqueles minutos do seu dia. Eu buscava trabalho em Portugal.
É preciso dizer que aqueles trinta minutos me fizeram desejar, logo a seguir, poder um dia trabalhar com ela, tal a admiração que me inspirou pelo seu conhecimento do ofício da edição e visão abrangente. Sabia que a hipótese era muitíssimo remota... mas não impossível.
Quatro anos mais tarde, já estabelecida em Portugal, e a trabalhar em edição - a minha actividade de sempre - eis que nos reencontrámos através de amigos comuns, tradutores e editores.
Passaram-se treze anos desde aqueles trinta minutos, e o reencontro acabou por resultar num convívio profissional de grande significado para mim, e que ainda hoje permanece.
Têm sido tempos nem sempre fáceis, mas de muito aprendizado.
Voltas que o mundo dá, e que vale a pena registar.
É preciso dizer que aqueles trinta minutos me fizeram desejar, logo a seguir, poder um dia trabalhar com ela, tal a admiração que me inspirou pelo seu conhecimento do ofício da edição e visão abrangente. Sabia que a hipótese era muitíssimo remota... mas não impossível.
Quatro anos mais tarde, já estabelecida em Portugal, e a trabalhar em edição - a minha actividade de sempre - eis que nos reencontrámos através de amigos comuns, tradutores e editores.
Passaram-se treze anos desde aqueles trinta minutos, e o reencontro acabou por resultar num convívio profissional de grande significado para mim, e que ainda hoje permanece.
Têm sido tempos nem sempre fáceis, mas de muito aprendizado.
Voltas que o mundo dá, e que vale a pena registar.
o texto visto de perto
(esta imagem foi retirada do Blogtailors de 10 de Março a comentar uma nova edição de Finnegan's Wake)
Assinar:
Postagens (Atom)