segunda-feira, 10 de junho de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Mia Couto – Prémio Camões 2013
“Eu
nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai
que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar
silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um
único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez.
Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não
estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os
delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de
silêncios.”
Mia Couto, no livro Antes de Nascer o Mundo
quinta-feira, 23 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
As capas de "Cem Anos de Solidão"
30 designs de capa, em 30 línguas diferentes, para Cem Anos de Solidão,
de Gabriel García Márquez. Na ordem: espanhol, búlgaro, grego, tcheco,
alemão, eslovaco, árabe, sueco, holandês, francês, italiano, armênio,
japonês, norueguês, português, russo, dinamarquês, catalão, turco,
polonês, inglês, hebraico, chinês, persa, finlandês, bósnio, húngaro,
albanês, coreano.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
The last bookshop
Curta-metragem inglês The last bookshop (“A última livraria”),
de Richard Dadd e Dan Fryer, produção independente recente
que imagina um futuro onde só resta uma única – e maravilhosa – livraria. Essa notável
resistência comercial se deve exclusivamente à teimosia do velho dono,
que não vê um cliente cruzar a porta da loja há vinte e cinco anos. Até
que um dia aparece por lá um garoto e...
através de The Paris Review
A biblioteca Mindlin abre ao público
Depois de anos de muito trabalho (e expectativa) a Biblioteca Mindlin abriu suas portas ao público.
“Não faço nada sem alegria” é uma exposição de longa
duração com painéis, fotos e vídeos sobre a vida de Guita e José, a
formação do acervo da Biblioteca, a construção do edifício, a cultura do
livro, a história da imprensa e o prazer da leitura. (São Paulo, Brasil.)
quarta-feira, 15 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
the daily routines of famous writers
"Kurt Vonnegut’s recently published daily routine made we wonder how other beloved writers organized their days. So I
pored through various old diaries and interviews — many from the
fantastic Paris Review archives — and culled a handful of writing routines from some of my favorite authors. Enjoy." (Maria Popova)
Link: Brain Pickings
Link: Brain Pickings
Anaïs Nin
"I write my stories in the morning, my diary at night."
Cadê os críticos? - por Norma Couri (in 'Observatório da Imprensa')
A barbárie das edições de livros brasileiros volta a incomodar quando
lemos a resenha/crítica da “Ilustríssima” de domingo (12/5), “Narrativa
das Narrativas”. Uma página inteira chamou atenção para a importância do lançamento pela Record de Uma História das Histórias: de Heródoto e Tucídites ao século 20,
de Josep Fontana, tradução de Nana Vaz de Castro. Os historiadores,
cansados de ler histórias gerais da historiografia editadas em Portugal,
aplaudiram a chegada da tradução brasileira. Mas só até comparar as
duas edições. Mais da metade do artigo de Rogério Forastieri da Silva
tratou de incorreções de nomes e datas, supressão de palavras, erros
primários.
Campônios foram traduzidos por palhaços, “preços da época Tudor” viraram “príncipes Tudor”, “não gregos” se tornaram “bárbaros”, Jürgen Habermas passou a ser Norbert Elias, 1641 virou 1691, século 16 virou 17 e o 20, 21. O que chocou o resenhista foi a inserção nada acadêmica de expressões como “já era”, “cada vez mais badalada”, “a micro-história pega”. A tradutora ainda introduziu o milho na Antiguidade e na Idade Média europeia, quando o cereal só chegou à Europa depois da colonização do chamado Novo Mundo.
O desrespeito ao leitor brasileiro, sempre privado de índices onomásticos e rodapés que constam nas edições originais, confirma o que Mário Vargas Llosa vem alardeando sobre os processos de banalização da cultura e a exaltação do entretenimento banal, light. A coisa continua como está porque no Brasil pouca gente reclama, e os poucos interessados vão comprar suas obras pela Amazon, Estante Virtual ou no exterior.
Continuar a ler no Link: Cadê os críticos?
Campônios foram traduzidos por palhaços, “preços da época Tudor” viraram “príncipes Tudor”, “não gregos” se tornaram “bárbaros”, Jürgen Habermas passou a ser Norbert Elias, 1641 virou 1691, século 16 virou 17 e o 20, 21. O que chocou o resenhista foi a inserção nada acadêmica de expressões como “já era”, “cada vez mais badalada”, “a micro-história pega”. A tradutora ainda introduziu o milho na Antiguidade e na Idade Média europeia, quando o cereal só chegou à Europa depois da colonização do chamado Novo Mundo.
O desrespeito ao leitor brasileiro, sempre privado de índices onomásticos e rodapés que constam nas edições originais, confirma o que Mário Vargas Llosa vem alardeando sobre os processos de banalização da cultura e a exaltação do entretenimento banal, light. A coisa continua como está porque no Brasil pouca gente reclama, e os poucos interessados vão comprar suas obras pela Amazon, Estante Virtual ou no exterior.
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
dias contados?
"A Associação de Editores de Madri acaba de lançar uma campanha publicitária, assinada pela agência espanhola Grey, em que ilustres representantes da cultura literária de todos os tempos são impiedosamente exterminados por representantes da cultura audiovisual contemporânea. (...) A campanha é voltada para o público jovem e tem, evidentemente, o objetivo de promover a literatura, exaltando suas incomparáveis qualidades em contraste com a suposta pobreza cultural dos “adversários” audiovisuais. De forma curiosa (...) acaba por atingir o resultado oposto. Isso não se dá apenas porque adota a linguagem visual dos videogames que procura criticar, o que poderia ser visto como uma esperta ironia. A leitura atenta dos anúncios madrilenhos revela o falecimento de qualquer ironia intencional aos pés de um humor involuntário e suicida."
Da coluna Todo Prosa, de Sérgio Rodrigues. Leia o texto completo AQUI
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