segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Bonde da leitura


«Essa é uma iniciativa bacana de Curitiba. O Bondinho da Leitura fica no calçadão da R. XV de Novembro. O bonde está nesse local desde 1973, para atender às crianças, enquanto seus pais faziam compras na região, mas só foi transformado em biblioteca em 20 de novembro de 2010. Funciona de segunda a sábado. São emprestados até 2 livros por vez, gratuitamente, basta apresentar documento de identidade.» (do blogue NacoZinha)

domingo, 4 de novembro de 2012

Writers are not just people who sit down and write. They hazard themselves. Every time you compose a book your composition of yourself is at stake.

E.L. Doctorow

as revistas literárias brasileiras mais influentes

Convite para o lançamento do Álbum com 182 títulos catalogados das revistas literárias brasileiras que marcaram a nossa vida literária durante o século XX.

sábado, 3 de novembro de 2012

Mercado editorial brasileiro e outros




Mercado editorial segue em plena reoxigenação (por Michelle Strzoda, no Facebook: http://facebook.com/michelle.strzoda

"Desde 2011, mudanças no mercado editorial brasileiro têm se anunciado mais frequentes. A maré de mudança não se restringiu ao Brasil, já acontecia em âmbito mundial.

Forçados a se reinventar
pelas duas seguidas crises econômicas mundiais e pelas mudanças apresentadas em função do novo cenário digital, grupos editoriais, editoras pequenas e médias, diretores editoriais, editores e profissionais do livro mudaram de empresas ou investiram na criação de seu próprio negócio, com perfis diferenciados. A plataforma editorial segue em expansão, aquecida, e o mercado de livros brasileiro é visto com interesse e atenção pelos grupos e agentes mundo afora.

Fruto da fusão dos megagrupos editoriais Penguin e Randon House, maior gigante editorial do mundo se apresenta esta semana. O novo conglomerado se chama Penguin Randon House.

Mercado brasileiro já anuncia mudanças de gestão editorial. A Companhia das Letras, braço da Penguin no Brasil, já divulgou mudança gradual em sua equipe de editores, a começar em dezembro de 2012.
Segundo a reportagem de André Miranda em O Globo hoje, Maria Emília Bender e Marta Garcia já têm data para deixar a Companhia das Letras.
Ambas são grandes editoras. Com experiência de mais de duas décadas de mercado - Maria Emília desde a época da Brasiliense e primórdios da Companhia das Letras, com Luiz Schwarcz -, foram responsáveis por grandes lançamentos da Companhia, uma das mais conceituadas casas editoriais brasileiras.
Boa parte do time de editores do grupo agora deverá responder a Otávio Marques da Costa, que manterá mais outros editores, entre eles Matinas Suzuki em outros selos, paralelamente."

No link abaixo, matéria da Deutsche Welle sobre a fusão:
http://www.dw.de/fusão-entre-penguin-e-random-house-cria-maior-grupo-editorial-do-planeta/a-16340191

A vida nas editoras

Revisores, editores e demais trabalhadores do ramo, vejam isto: A vida nas editoras


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

fidelidade ao lirismo

Do blogue da Cosac Naify (link), um texto de Manuel Bandeira, de 1930, no jornal A Província, sobre o ainda quase desconhecido Carlos Drummond de Andrade:

Um poeta mineiro de rara sensibilidade
Por Manuel Bandeira 

Não sei se o nome de Carlos Drummond de Andrade é conhecido em Pernambuco fora do pequeno círculo de pessoas que se interessam pela poesia modernista. Quero acreditar que não. Sem livro até agora, o seu nome não aparecera senão nas revistinhas efêmeras de vanguarda, que não chegam ao conhecimento do grande público. Aos pernambucanos que se tenham interessado pelo número mineiro do O Jornal por causa dos admiráveis desenhos do meu xará, não terá escapado o belo poema de Carlos Drummond inspirado na tradicional romaria de Congonhas do Campo.
O poeta é mineiro e deve andar pelos trinta anos. Antes da renovação modernista fizera versos medidos e rimados, creio que naquela cor desmaiada de Samain que aqui chamaram penumbrista. Quando os rapazes de São Paulo começaram a batalha, o senhor Carlos Drummond de Andrade escreveu na imprensa de Belo Horizonte uma série de artigos sobre as figuras principais daquele movimento. Mais tarde, com João Alphonsus, Pedro Nava, Martins de Almeida, Emílio Moura e outros editou A Revista, de que só apareceram três números. Mas desde então o nome de Carlos Drummond de Andrade era caro a todos que se ocupavam de poesia no Brasil.
Em Drummond a perfeição técnica não resulta do gosto e trabalho do artista, mas da fidelidade do poeta ao movimento lírico da sensibilidade.
Agora o poeta comparece em livro. E esse livro nos revela, logo ao primeiro exame, um dos mais puros e belos da nossa poesia. Não pode haver dúvida: Carlos Drummond de Andrade é um dos grandes poetas do Brasil. Grande pelo fundo de sensibilidade e lirismo como grande pela técnica impecável de seus poemas. Aliás esses dois aspectos são inseparáveis nos versos de Alguma poesia (assim se intitula o seu livro). Em Carlos Drummond de Andrade a perfeição técnica não resulta, como em Guilherme de Almeida, do gosto e trabalho do artista, mas da fidelidade do poeta ao movimento lírico da sensibilidade. Daí a frescura desse lirismo que sabe à fruta comida ao pé da árvore. Na expressão esse poeta é sempre simples, natural, quotidiano. Vê-se como ele vive, meio amolado com aquele anjo torto que lhe disse quando ele nasceu: “Carlos, vai ser goche na vida”. Fala pouco e não diz, pelo menos intencionalmente, nada que possa parecer sublime. Antes tem ele um senso de humor sempre vigilante e pronto a cortar as asas a tudo que possa indicar alguma atitude menos desabusada. Os seus maiores entusiasmos se exprimem como nos deliciosos versos da “Lagoa”:

Eu não vi o mar.
Não sei se o mar é bonito,
não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.
Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande
e calma também.
Na chuva de cores
da tarde que explode
a lagoa brilha
a lagoa se pinta
de todas as cores.
Eu não vi o mar,
Eu vi a lagoa…

Carlos Drummond de Andrade aborrece as “atitudes inefáveis”, “os inexprimíveis delíquios”, os “êxtases, espasmos, beatitudes”, tão do gosto daquele sujeito gozado da “Fuga”: “Povo feio, moreno, bruto”, diz o tal. “Vou perder-me nas mil orgias/ do pensa- mento greco-latino”.

Vai para a Europa.
Enquanto os bárbaros sem barbas
sob o Cruzeiro do Sul
se entregam perdidamente
sem anatólios nem capitólios
aos deboches americanos

O lirismo é uma coisa perigosa. Faz a gente dizer bestidades, extravagâncias, sentimentalonidades. O pior são os lugares-comuns [...] em que o desgraçado poetinha parece querer virar gênio. Com o senhor Carlos Drummond de Andrade não se corre nunca esse risco. Ninguém pensa em águias. Também não se pensa em cisnes. Aqui haverá talvez vôo versátil, graça inteligente de andorinha. Vejam se está certo:

Quero me casar
na noite, na rua,
no mar ou no céu
quero me casar.
Procuro uma noiva
loura morena
preta ou azul
uma noiva verde
uma noiva no ar
como um passarinho.
Depressa, que o amor
não pode esperar!

Que poema brilhantíssimo não faria o senhor Martins Fontes ou o senhor Luís Carlos, que doce e fidalgo poema não arquitetaria o senhor Olegário Mariano com esse tema do Amor através das Idades! É de ver como o mineiro Carlos Drummond de Andrade se imaginou com a namorada; grego, romano, pirata mouro, corte- são de Versalhes e moço moderno. A poesia é longa demais para estas colunas, mas um episódio apenas:

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Talvez fosse preciso ter sangue mineiro, ter vivido longamente nas “cidadezinhas quaisquer” de Minas, para, com ser poeta de rara sensibilidade e, não esquecer, inteligentíssimo, exprimir-se assim com tanta graça natural. Me parece que por Minas se pode e se deve explicar esse senso de humor, tão raro em nossos poetas, e no entanto comum nos mineiros que não são poetas. Ou nos poetas mineiros quando não se acham em estado de transe…
A Província, 25 de maio de 1930


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Escrever é...



«Escrever é tentar saber o que escreveríamos se escrevêssemos.» - Vila-Matas citando Marguerite Yourcenar

«Decidir escrever é penetrar num espaço perigoso, porque se entra num túnel escuro sem fim, porque jamais e chega à satisfação plena, nunca se chega a escrever a obra perfeita ou genial, e isso causa a maior das mágoas. Aprende-se melhor a morrer do que a escrever. E ser-se (…) escritor, quando já se sabe escrever, é converter-se num estranho, num estrangeiro: tens de começar a traduzir-te a ti mesmo. Escrever é fazer-se passar por outro, escrever é deixar de ser escritor ou de quereres parecer-te a Mastroianni para simplesmente escrever, escrever o que simplesmente escreverias se escrevesses.»

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FIM - fim de semana do livro no porto do Rio





O FIM {Fim de Semana do Livro no Porto} é uma festa do livro no Morro da Conceição, na região portuária do Rio, que incentivará a leitura em todos os formatos disponíveis e compartilhará, em sua primeira edição, nossa riqueza cultural, literária e histórica. Nos basearemos na tríade: livros, digital e a cidade, conversando sobre o passado e o futuro dos livros e do Rio de Janeiro.

Saber mais AQUI

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

notícias sobre a FLIP 2013

Recebi hoje por e-mail a notícia que veio também no blogue da Festa Literária Internacional de Paraty sobre a FLIP 2013, em que o homenageado será o admirável escritor Graciliano Ramos.

 











Então recortei e trouxe para cá o que recebi:



O mesmo blogue traz a lista dos escritores homenageados nas edições anteriores da Flip: Vinicius de Moraes (2003), Guimarães Rosa (2004), Clarice Lispector (2005), Jorge Amado (2006), Nelson Rodrigues (2007), Machado de Assis (2008), Manuel Bandeira (2009), Gilberto Freyre (2010), Oswald de Andrade (2011) e Carlos Drummond de Andrade (2012).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Primavera dos Livros

 
 
A Primavera dos Livros é a principal vitrine para a exposição da produção das editoras independentes da América Latina. Idealizada pelas próprias editoras, a primeira edição da Primavera dos Livros ocorreu em 2001, no Rio de Janeiro.

O sucesso do evento e a importância desse mercado deram origem, em 2002, à Liga Brasileira de Editoras
(LIBRE), rede independente que trabalha cooperativamente em busca de reflexão e da ação para a ampliação do público leitor, do fortalecimento das empresas editoriais independentes, e da criação de políticas públicas em favor do livro e da leitura. Desde então, a LIBRE, que atualmente reúne mais de 100 editoras de vários pontos do Brasil, promove e realiza o evento, anualmente, no eixo Rio-São Paulo. 


 No Rio, começou ontem a 12ª. edição, que celebra o Rio de Janeiro como patrimônio e plataforma cultural do país. A feira literária apresenta a produção de 100 editoras com mais 10 mil títulos com descontos de até 50%.

 jardins do Museu do Catete, onde ocorre a Feira

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