quarta-feira, 20 de junho de 2012
Como funciona a ficção - James Wood
James Wood é publicado pela primeira vez no Brasil pela Cosac Naify. Notabilizado por seus ensaios na revista The New Yorker e professor de crítica literária na Universidade de Harvard, Wood aborda, numa prosa inteligente e aguçada, os mecanismos, procedimentos e efeitos da construção narrativa. A representação do real na literatura é o eixo central da análise de Wood, que questiona os limites entre artifício e verossimilhança na ficção. Em dez capítulos, elementos fundamentais do texto ficcional são discutidos pelo autor: o personagem, o foco narrativo, o estilo.
A partir de vasto e diversificado repertório literário – de Henry James a Flaubert, de Tchekhov e Nabokov a Beatrix Potter e John le Carré –, este livro “perspicaz e cheio de achados”, nas palavras de Milton Hatoum, traz análises reveladoras e acessíveis mesmo àqueles que desconhecem os rudimentos da crítica literária. Referência fundamental para escritores em formação, professores de literatura, e todos que se interessem pelo mundo das letras.
VEJA MAIS no site da COSAC NAIFY
quinta-feira, 14 de junho de 2012
James Joyce
James Joyce (Dublin, 2 Fev. 1882 - Zurique, 13 Jan. 1941)
download gratuito de Ulysses: AQUI
«Um homem sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela
noite, retorna ao lar. Foi em torno desse esqueleto enganosamente
simples, quase banal, que James Joyce elaborou o que veio a ser o grande
romance do século XX.
Inspirado na Odisseia de Homero, Ulysses é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera. Para criar esse personagem rico e vibrante, Joyce misturou numerosos estilos e referências culturais, num caleidoscópio de vozes que tem desafiado gerações de leitores e estudiosos ao redor do mundo.» (cont. no site da Companhia das Letras)
Sobre a nova edição de ULYSSES pela Companhia das Letras:
A propósito, ainda, de Joyce e de Ulysses, ler o texto de Alexandra Lucas Coelho publicado no seu blogue Atlântico Sul: Ulysses no Rio (ou o dia seguinte)
Inspirado na Odisseia de Homero, Ulysses é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera. Para criar esse personagem rico e vibrante, Joyce misturou numerosos estilos e referências culturais, num caleidoscópio de vozes que tem desafiado gerações de leitores e estudiosos ao redor do mundo.» (cont. no site da Companhia das Letras)
Sobre a nova edição de ULYSSES pela Companhia das Letras:
A propósito, ainda, de Joyce e de Ulysses, ler o texto de Alexandra Lucas Coelho publicado no seu blogue Atlântico Sul: Ulysses no Rio (ou o dia seguinte)
cuidado com os anglicismos
Do blogue do Sérgio Rodrigues na Veja online:
Caro Fernando, espero que a tremedeira passe logo, mas não se trata
de lenda: é mesmo de uma tradução desajeitada do inglês que vem a
expressão “mala direta”. De onde mais seria? Quase todo o léxico da
publicidade e do marketing que foi sendo acrescentado ao nosso
vocabulário ao longo do século 20 tem matriz anglófona, mais
precisamente americana – como, aliás, essas próprias atividades. A
tecnologia (quase escrevi know-how) vai na frente, as palavras seguem.
Sim, também acho levemente embaraçoso que “mala direta” – que o Houaiss define como “comunicação seletiva de uma empresa com os clientes habituais ou potenciais de seus produtos ou serviços, feita por meio de remessa postal de impressos (folhetos, cartas-circulares, catálogos etc.)” – seja um exemplo de tradução preguiçosa do inglês. Numa versão mais cuidadosa, direct mail deveria ter virado “correio direto” ou “correspondência direta”, não “mala direta”.
Por que não virou? ....... Ler todo o artigo AQUI
«Prezado Sérgio, gostaria de saber se procede a lenda de que o termo "mala direta" advém da tradução tosca da expressão em inglês "direct mail". Tremo só de pensar!» (consulta de um leitor)
Sim, também acho levemente embaraçoso que “mala direta” – que o Houaiss define como “comunicação seletiva de uma empresa com os clientes habituais ou potenciais de seus produtos ou serviços, feita por meio de remessa postal de impressos (folhetos, cartas-circulares, catálogos etc.)” – seja um exemplo de tradução preguiçosa do inglês. Numa versão mais cuidadosa, direct mail deveria ter virado “correio direto” ou “correspondência direta”, não “mala direta”.
Por que não virou? ....... Ler todo o artigo AQUI
quarta-feira, 13 de junho de 2012
as dicas de Jack Kerouac para escritores
Belief & Technique
For Modern Prose
by Jack Kerouac
List of Essentials
- Scribbled secret notebooks, and wild typewritten pages, for yr own joy
- Submissive to everything, open, listening
- Try never get drunk outside yr own house
- Be in love with yr life
- Something that you feel will find its own form
- Be crazy dumbsaint of the mind
- Blow as deep as you want to blow
- Write what you want bottomless from bottom of the mind
- The unspeakable visions of the individual
- No time for poetry but exactly what is
- Visionary tics shivering in the chest
- In tranced fixation dreaming upon object before you
- Remove literary, grammatical and syntactical inhibition
- Like Proust be an old teahead of time
- Telling the true story of the world in interior monolog
- The jewel center of interest is the eye within the eye
- Write in recollection and amazement for yourself
- Work from pithy middle eye out, swimming in language sea
- Accept loss forever
- Believe in the holy contour of life
- Struggle to sketch the flow that already exists intact in mind
- Dont think of words when you stop but to see picture better
- Keep track of every day the date emblazoned in yr morning
- No fear or shame in the dignity of yr experience, language & knowledge
- Write for the world to read and see yr exact pictures of it
- Bookmovie is the movie in words, the visual American form
- In praise of Character in the Bleak inhuman Loneliness
- Composing wild, undisciplined, pure, coming in from under, crazier the better
- You're a Genius all the time
- Writer-Director of Earthly movies Sponsored & Angeled in Heaven
depois de ler ESTE ARTIGO
segunda-feira, 11 de junho de 2012
impressão à antiga
Anna Dantes e Carlito Azevedo criaram o selo Pipa Livros, da Dantes Editora, dedicado a obras pequenas (nas dimensões e na tiragem) totalmente confeccionadas em gráficas da zona portuária. O título de estreia, a novela “Haikus”, do argentino César Aira, teve seus 400 exemplares de pouco menos de 50 páginas impressos na tradicional Gráfica Marly, instalada há mais de seis décadas num sobrado ao pé do Morro da Conceição. A capa foi feita em serigrafia na Alternativa, na Rua do Livramento. Os fotolitos vieram da Sol & Ação, na Rua Leandro Martins. E a costura ficou a cargo da PRJ, um dos vários estabelecimentos que fazem a pequena Rua do Propósito, na Gamboa, ser conhecida no meio como “Shopping das Gráficas”. O livro e o selo serão lançados na sexta-feira, dia 15, às 19h, na Gráfica Marly (Ladeira Felipe Neri 11).
Através do Globo online: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2012/06/09/livros-moda-antiga-449553.asp
quinta-feira, 7 de junho de 2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Os Buddenbrook
Terminei ontem de ler o livro de Thomas Mann, Os Buddenbrook. Com pena de ter chegado ao ansiado fim. Pena porque esse sentimento sempre me ocorre quando estou a terminar uma leitura de que gostei e que já fazia parte dos meus dias. Ansiado fim porque desejava concluir, afinal, o ciclo deste livro e pensar sobre ele. E há muito que pensar, pois trata de questões sempre atuais, naquele tempo ou neste que vivemos.
O interesse particular por este livro e por outros que virão em breve está na sequência de um estudo sobre o século XX - mais exactamente fim do XIX, início do XX até aos anos que se seguem à II Grande Guerra. Relacionar Literatura e História é o que mais me interessa no momento.
Devo dizer que no primeiro terço do livro fui quase displicente na leitura, porque a mim tudo me soava essencialmente descritivo – embora as descrições de T.M. nunca sejam inocentes, e eu sabia disso. Mesmo assim, só a partir de certa altura é que comecei a perceber: havia ali pelo menos duas ou três entre as principais personagens que eram na verdade muito mais que elas mesmas e que estavam destinadas a uma crescente complexidade enquanto representantes de um mundo que com elas também terminava. Novos tempos estavam a abrir caminho porque precisavam vir.
(E mais uma vez constato: como me faltam conhecimentos de História! E como são essenciais para se perceber qualquer coisa.)
«Que razões poderão levar um leitor do século XXI a interessar-se por Os Buddenbrook, cento e dez anos decorridos sobre a data da sua primeira publicação?» - lê-se no Posfácio da edição portuguesa. Esta é uma pergunta que fica inteiramente respondida quando viramos a última página do livro, quando acabamos de acompanhar o desmoronamento de Thomas Buddenbrook e de um mundo que já não tem como se sustentar. Quando, perplexos, assistimos ao fim dos gestos vazios, repetitivos, obsessivos e inúteis «que traduzem o empobrecimento de uma vida interior, sacrificada às mãos da prosperidade e dos sucesso mercantil». Thomas, que ao longo da história é forçado a se defrontar consigo mesmo através do irmão, Christian, e depois do filho, Hanno, é o representante da terceira geração de uma família bem estabelecida na cidade de Lübeck, no Norte da Alemanha. Nele «começam a insinuar-se os primeiros movimentos pendulares de uma tensão muito cara ao autor: a oscilação contrapontística entre a realidade burguesa, pragmática e implacável, e a vida, mais profunda, do espírito».
Uma palavra à excelente tradução de Gilda Lopes Encarnação, tradutora premiada, que nos faz degustar cada frase.
Edição da Dom Quixote
em Abril de 2011
638 páginas
«Thomas (sentado) e o irmão Heinrich Mann numa fotografia tirada por volta de 1900. Nesta altura Heinrich tinha já publicado pelo menos dois livros, enquanto Os Buddenbrook de Thomas estava prestes a sair.
Thomas Mann ganhou repercussão internacional, aos 26 anos, com Os Buddenbrook, sua primeira obra. Fortemente inspirado na história de sua própria família, o romance foi lido com especial interesse pelos leitores de Lübeck que descobriram ali muitos traços de personalidades conhecidas. A publicação deste livro valeu a Thomas Mann uma reprimenda de um tio, que o acusou de ser um "pássaro que emporcalhou o próprio ninho". » (Wikipédia)
Prémio Nobel de Literatura de 1929.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Richard Zimler: the subversive side of my personality
Lorraine Berry entrevista Richard Zimler
«Over the past thirteen years, I’ve corresponded by email with Richard Zimler, the award-winning author of The Warsaw Anagrams and The Seventh Gate, both released in the United States in 2012 by Overlook Press.
(...)
He is now an American expatriate. Zimler and his partner live in northern Portugal, and the eight novels he has written in fifteen years have received heaps of attention and awards in Europe. His books have been translated into multiple languages. It’s a great shame that, despite his success elsewhere, Richard Zimler is virtually unknown in the United States.»
Para ler a entrevista, siga o link talking writing
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Espaço Llansol
Páginas manuscritas de Maria Gabriela Llansol
Jornal O Público, 3 de Março de 2008:
Maria Gabriela Llansol ganhou por duas vezes o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Da segunda vez, foi a obra Amigo e Amiga que lhe valeu o prémio relativo a 2006.(...) A autora é considerada uma das mais inovadoras escritoras da ficção portuguesa contemporânea e tem títulos como A restante vida (1978), Um beijo dado mais tarde (1990) e Lisboaleipzig (1994), entre outros.
A sua escrita é também por vezes considerada hermética e de difícil leitura, sendo difícil aplicar designações tradicionais como conto, romance ou mesmo diário.
Por que escreve?
Não há um porquê. Há uma afirmação. Eu só posso dizer "eu escrevo".
E por que é que não pode dizer "porquê"?
Porque se eu respondesse 'porquê' criava uma relação de causa e efeito.
Ora, eu não sinto em mim o porquê de escrever, como eu não sinto em mim o porquê de beber ou o porquê de olhar. Há a constatação de uma realidade: e nasci constitutivamente assim, escrevendo."
Maria Gabriela Llansol
in Jornal de Notícias
(14 de Julho de 1991)
No dia 19 de Maio passado, o escritor Gonçalo M. Tavares esteve na Letra E [no Espaço Lhansol] falando das suas ligações a Llansol, do modo como prolonga aqueles/aquelas que lê, assumindo activamente esses legados, prolongando-os sem se preocupar muito em os «perceber» ou interpretar. Ler/escrever é continuar outros, arriscando, nessa geografia da leitura e da escrita (...). (notícias do blogue do Espaço Lhansol)
Para acompanhar as actividades do Espaço Lhansol, Rua Dr. Alfredo Costa, 3 - 1º F/E, Sintra, consultar o blogue: ESPAÇO LHANSOL
ou seguir pelo Facebook: https://www.facebook.com/EspacoLlansol
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