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quarta-feira, 30 de maio de 2012
Espaço Llansol
Páginas manuscritas de Maria Gabriela Llansol
Jornal O Público, 3 de Março de 2008:
Maria Gabriela Llansol ganhou por duas vezes o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Da segunda vez, foi a obra Amigo e Amiga que lhe valeu o prémio relativo a 2006.(...) A autora é considerada uma das mais inovadoras escritoras da ficção portuguesa contemporânea e tem títulos como A restante vida (1978), Um beijo dado mais tarde (1990) e Lisboaleipzig (1994), entre outros.
A sua escrita é também por vezes considerada hermética e de difícil leitura, sendo difícil aplicar designações tradicionais como conto, romance ou mesmo diário.
Por que escreve?
Não há um porquê. Há uma afirmação. Eu só posso dizer "eu escrevo".
E por que é que não pode dizer "porquê"?
Porque se eu respondesse 'porquê' criava uma relação de causa e efeito.
Ora, eu não sinto em mim o porquê de escrever, como eu não sinto em mim o porquê de beber ou o porquê de olhar. Há a constatação de uma realidade: e nasci constitutivamente assim, escrevendo."
Maria Gabriela Llansol
in Jornal de Notícias
(14 de Julho de 1991)
No dia 19 de Maio passado, o escritor Gonçalo M. Tavares esteve na Letra E [no Espaço Lhansol] falando das suas ligações a Llansol, do modo como prolonga aqueles/aquelas que lê, assumindo activamente esses legados, prolongando-os sem se preocupar muito em os «perceber» ou interpretar. Ler/escrever é continuar outros, arriscando, nessa geografia da leitura e da escrita (...). (notícias do blogue do Espaço Lhansol)
Para acompanhar as actividades do Espaço Lhansol, Rua Dr. Alfredo Costa, 3 - 1º F/E, Sintra, consultar o blogue: ESPAÇO LHANSOL
ou seguir pelo Facebook: https://www.facebook.com/EspacoLlansol
domingo, 27 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
Clarice Lispector - Figuras da Escrita
«A radical impossibilidade de uma compreensão
sem suturas em relação a qualquer obra libertá-la-á da tirania das
interpretações por parte de quem dela se pretende apropiar.»
«Numa adequação a um projeto enunciado por Clarice, entenda-se mesma a cegueira como um dado indispensável na experiência estética, na aproximação a uma obra que recusa as formas mais estritamente racionalizadoras de compreensão.»
Clarice Lispector - Figuras da Escrita
Carlos Mendes de Sousa
«Numa adequação a um projeto enunciado por Clarice, entenda-se mesma a cegueira como um dado indispensável na experiência estética, na aproximação a uma obra que recusa as formas mais estritamente racionalizadoras de compreensão.»
Clarice Lispector - Figuras da Escrita
Carlos Mendes de Sousa
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Princípios da técnica de editoração
Mesmo tendo aprendido muito com a prática, é também neste livro (edição
de 1986, Nova Fronteira, Rio de Janeiro) que ainda vou buscar soluções
para o meu trabalho.
Prefácio de Antônio Houaiss.
Prefácio de Antônio Houaiss.
terça-feira, 22 de maio de 2012
A língua é minha pátria, e eu não tenho pátria, tenho mátria e quero frátria
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
Minha pátria é minha língua
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E - xeque-mate - explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé e Arrigo Barnabé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
- Será que ele está no Pão de Açúcar?
- Tá craude brô
- Você e tu
- Lhe amo
- Qué queu te faço, nega?
- Bote ligeiro!
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
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