Let's Press from Strawberry Militia on Vimeo.
terça-feira, 22 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
nova revista literária

A Agio, revista de literatura com a chancela das Edições Artefacto e o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, visa essencialmente o universo da poesia (este primeiro número é quase exclusivamente a ela dedicado), pretendendo fornecer uma plataforma consistente a novos autores, ensaístas e personalidades que, de algum modo, fazem parte desse universo, não fechando a porta, porém, a quaisquer outros tipos de criação literária.

Estruturalmente, o primeiro número está dividido em três partes: Poesia – Adair Carvalhais Júnior, Daniel Francoy, Gabriel Machado, Hugo Milhanas Machado, João Silveira, Joel Henriques, Luís Felício, Luís Norte Lucas, Margarida Ferra, Miguel Manso, Nuno Dempster, Sara M. Felício, Soledade Santos; Ensaio – António Carlos Cortez, Jorge Martins Rosa, Ricardo Marques; Entrevista: Luís Lucas, Luís Quintais.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Moacyr Scliar

Moacyr Jaime Scliar (Porto Alegre, 23 de março de 1937 - Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2011)
"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".
"Quem abre um livro está à procura de revelações, não de enigmas."
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
histórias esculpidas: livros impossíveis
Tree of Codes by Jonathan Safran Foer from Visual Editions
Visual Editions is a London-based book publisher. We think that books should be as visually interesting as the stories they tell; with the visual feeding into and adding to the storytelling as much as the words on the page. We call it visual writing. And our strap line is “Great looking stories.”
http://www.visual-editions.com
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
FLIS - uma "FLIP" em Sintra
(notícia publicada no Público de 25/1/2011)
" 'A FLIP vai inspirar outros festivais', disse uma vez Liz Calder, presidente da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), no Brasil. Gonçalo Bulhosa pegou na deixa e criou a Festa Literária Internacional de Sintra (FLIS) que vai acontecer a 11, 12 e 13 de Novembro naquela vila do distrito de Lisboa. O director desta primeira edição é o editor Manuel Alberto Valente e o Centro Cultural Olga Cadaval, o local onde se realiza o evento.
(...)
A primeira FLIS terá cerca de 30 escritores convidados, que debaterão diversos temas (literatura, "prosa marginal", humor, sociologia, escrita jornalística, etc.). Tal como na brasileira FLIP, os debates serão moderados por personalidades convidadas e o público - que paga bilhete para assistir - participa através de perguntas escritas, dirigidas à mesa. No final, os escritores realizam sessões de autógrafos e naquele espaço funcionará a Livraria Oficial da FLIS, cafés literários e uma loja de merchandising. "O espírito é tornar o Centro Cultural Olga Cadaval um espaço aberto, muito dinâmico, com acontecimentos durante os intervalos entre palestras. O espírito de festa é o mesmo da FLIP, mas tudo o resto será diferente, pois Sintra, no Inverno, não é comparável ao calor das ruas de Paraty." João Tordo, Pedro Paixão e Joana Amaral Dias são os primeiros portugueses confirmados. Escritores internacionais estão a ser convidados."
" 'A FLIP vai inspirar outros festivais', disse uma vez Liz Calder, presidente da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), no Brasil. Gonçalo Bulhosa pegou na deixa e criou a Festa Literária Internacional de Sintra (FLIS) que vai acontecer a 11, 12 e 13 de Novembro naquela vila do distrito de Lisboa. O director desta primeira edição é o editor Manuel Alberto Valente e o Centro Cultural Olga Cadaval, o local onde se realiza o evento.
(...)
A primeira FLIS terá cerca de 30 escritores convidados, que debaterão diversos temas (literatura, "prosa marginal", humor, sociologia, escrita jornalística, etc.). Tal como na brasileira FLIP, os debates serão moderados por personalidades convidadas e o público - que paga bilhete para assistir - participa através de perguntas escritas, dirigidas à mesa. No final, os escritores realizam sessões de autógrafos e naquele espaço funcionará a Livraria Oficial da FLIS, cafés literários e uma loja de merchandising. "O espírito é tornar o Centro Cultural Olga Cadaval um espaço aberto, muito dinâmico, com acontecimentos durante os intervalos entre palestras. O espírito de festa é o mesmo da FLIP, mas tudo o resto será diferente, pois Sintra, no Inverno, não é comparável ao calor das ruas de Paraty." João Tordo, Pedro Paixão e Joana Amaral Dias são os primeiros portugueses confirmados. Escritores internacionais estão a ser convidados."
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Reencontrar CLARICE

Comprei enfim Clarice, de Benjamin Moser. Recordo o efeito em mim dos livros de Clarice. Recordo aquela sensação de deslumbramento - ninguém nunca havia dialogado assim comigo.
Há inúmeras passagens do livro que gostaria de compartilhar, mas se as trouxesse todas...
Deixo somente este pequeno trecho, como forma de convite a quem ainda não leu:
"O Egito não a impressionou, conforme escreveu ao amigo Fernando Sabino:
Vi as pirâmides, a esfinge - um maometano leu minha sorte nas "areias do deserto" e disse que eu tinha coração puro... Falar em esfinge, em pirâmides, em piastras, tudo isso é de um mau gosto horrível. É quase uma falta de pudor viver no Cairo. O problema é sentir alguma coisa que não esteja prevista num guia.
Clarice nunca voltou ao Egito. Mas, muitos anos depois, relembrou sua breve excursão turística, quando, nas "areias do deserto", encarou desafiadoramente ninguém menos que a própria Esfinge.
Não a decifrei, escreveu a orgulhosa e bela Clarice. Mas ela também não me decifrou."
(da Indrodução, p. 12)

Clarice,
Benjamin Moser
648 páginas
Editora Cosac Naify
São Paulo, 2010
Obras de Clarice Lispector:
romances
Perto do coração selvagem (1944)
O Lustre (1946)
A cidade sitiada (1949)
A maçã no escuro (1961)
A paixão segundo G.H. (1964)
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres (1969)
A hora da estrela (1977)
contos
Alguns Contos (1952)
Laços de família (1960)
A Legião Estrangeira (1964)
Felicidade clandestina (1971)
A imitação da rosa (1973)
A via-crucis do corpo (1974)
Onde estivestes de noite (1974)
A bela e a fera (1979 )
crônicas
Visão do esplendor (1975)
Para não esquecer (1978 )
Um sopro de vida (1978 )
A descoberta do mundo (1984)
ficção
Água viva (1973)
entrevista
De corpo inteiro (1975)
livros infantis
O mistério do coelhinho pensante (1967)
A mulher que matou os peixes (1969)
A vida íntima de Laura (1974)
Quase de verdade (1978)
Como nasceram as estrelas (1984)
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
em viagem com Turguénev pela Rússia do século XIX

(foto retirada do livro O Crepúsculo do Amor)

Este livro de Dessaix é o responsável por eu ter ido em busca de Turguénev, autor que então ainda não conhecia. Citado por Dessaix no seu estudo, o livro Pais e Filhos foi logo a minha primeira escolha, em edição da Relógio D'Água, com um posfácio de Vladimir Nabokov que começa assim: «Pais e Filhos não só é o melhor romance de Turguénev, mas também um dos maiores romances do século XIX.» (Aqui entre nós, discordo de Nabokov: o melhor de Turguénev, para mim, é Cadernos de um Caçador.)

Numa sequência irresistível, li Fumo, também já comentado neste blogue. E depois de um breve intervalo tenho agora em mãos Águas da Primavera. Todas edições da Relógio D'Água, na sua colecção de Clássicos.


Esta viagem com Turguénev pela Rússia do século XIX deverá continuar com mais dois livros, que possivelmente irão marcar o final deste meu primeiro e marcante «ciclo russo»: Cadernos de Um Caçador, contos «de uma beleza estranha e inquietadora, e que, no seu conjunto, são a melhor resposta para a pergunta 'Porquê ler?' » (Harold Bloom em Como Ler e Porquê?); e Diário de um Homem Supérfluo, edição da Estrofes&Versos, que assim se apresenta: «Nasci há trinta anos, filho de proprietários rurais bastante ricos. O meu pai era um jogador apaixonado; a minha mãe era uma senhora de carácter... uma senhora muito virtuosa. Mas não conheci nenhuma mulher a quem a virtude proporcionasse menos satisfação. Oprimida sob o fardo das suas qualidades, atormentava toda a gente, a começar por si própria.»


O facto é que nos livros de Turguénev tenho a sensação de encontrar, ao fim e ao cabo, toda a humanidade. Por isso não me canso de degustar cada página. E deixo aqui como sugestão de leitura para o dia em que nos quisermos surpreender.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Tipografia e modernidade
"(...) então isso veio sendo engolido exatamente por essa pressa que a modernidade foi impondo ao processo tipográfico."
tipografia: do grego typos - forma - e graphein - escrita
domingo, 5 de dezembro de 2010
Nicolas Jones - book sculptor


... "these books were conceived, born, loved, stored, discarded, found anew, studied, cut, folded and reborn." (N. Jones)
link: http://www.bibliopath.org/

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